OS CONTRASTES DE UMA CIDADE CHAMADA SAMA
21 SET
São Mateus completa nesta segunda feira
(21), 476 anos.
Não é só o que se move. São as pessoas. Particularidades também formam
uma cidade. Uma teia de sinais atravessa nosso ar. Ondas que nos ligam uns aos
outros, coisas mais sensíveis que constroem a vida de uma cidade. Amada por
quem vive aqui.
Parece uma passeata, um desfile, mas é só hora de pico. O tempo urge.
Somos mais de 130 mil mateenses, todos os dias, caminhando pelas movimentadas
ruas e avenidas do centro. Gente que vai e vem. Que acorda cedo, vai trabalhar.
Que está à procura de oportunidade. Quem não tem carro espera o ônibus no
movimentado ponto da praça da rodoviária, lugar de vários destinos.
São Mateus é a segunda cidade mais antiga do Espírito Santo. Está entre
as mais antigas do Brasil. Cidade histórica. Temos o Sítio Histórico Porto.
Berço da nossa história. O rio Cricaré, de batalhas entre portugueses e índios,
era passagem de navios. A ilha de Guriri, famosa pela sua beleza natural, paraíso
de litoral. O mercado municipal, local mais apropriado para conhecer nossa
culinária.
A BR 101 corta a cidade. De norte a sul o Brasil passa por aqui. Traz e
leva progresso. A agricultura, a extração de petróleo, importantes fontes da
nossa economia.
São Mateus sonha com um progresso, esperado por tanto tempo. Vem aí o
Centro Portuário Petrocity. Promessa, ilusão, embargo, mas parece que agora
vai, só nos resta esperar. Fábrica automotiva, de porcelana, agroindústria,
aqui também tem. Na Saúde e Educação somos referências para a região. Temos um
pólo universitário, hospitais de referências.
Nossos contrastes são gritantes. Cidade onde a simplicidade e a riqueza
moram ao lado.
Da praça do Mirante dá para ver um dos símbolos desta cidade. O vale do
cricaré, de águas esverdeadas, um rio que serpentea, um pôr do sol alaranjado,
um luar inspirador. Esplendor de maravilhas.
Na avenida João XXIII, em pleno centro da cidade, uma igreja em ruinas,
espia a paisagem. Um cartão postal. Cidade cultural. Aos mais antigos saudade
do Fenate, nosso festival de teatro. A Lira, centenária. O Jongo de São
Benedito. As festas de Santos Reis. Raízes da africanidade.
São Mateus, ou simplesmente 'Sama', como dizem os mais jovens. Nossa
cidade!
Por Adriano Barbosa
Tag: